quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Necróboscus

                                  
                              Capítulo 6 

                     A esperança se atenua 

                 
      S. olhou a pequena criatura com desconfiança, e por fim, lançou a questão : - Essa fruta... eu sou humano... posso... posso come-la ? - A criaturinha encarou S. com seus grandes olhos, estendeu a mão sugerindo que S. a seguisse. Durante o caminho o silêncio absoluto reinava entre os dois, S. se perguntava se aquele ser falava, e ao mesmo tempo, se perguntava como era possível uma caverna conter um local tão belo como aquele, com várias árvores de vários tipos e tamanhos, e então a barriga de S. roncou novamente, a criaturinha o olhou com animação e puxando seus trapos apontou para uma árvore, S. analisou por um tempo e pode constatar : Era uma macieira, o sorriso no rosto de S. era inigualável, correu até a árvore e viu que as maçãs estavam fortes e vermelhas, S. as comeu com uma fúria comparada a da criaturinha que o guiava quando comera as frutas misteriosas... - Muito obrigado, obrigado mesmo! - Exclamou S. com empolgação, e perguntou - Você tem um nome? sabe falar na minha língua? Espero que sim, gostaria de saber muitas coisas! - Aquele pequeno ser o olhou, e por um tempo hesitou em abrir a boca, mas após um tempo a criaturinha cedeu, com uma voz sibilante ele por fim disse - S.. sim.. meu nome é Mhfu e eu sei me comunicar com você... - S. o olhou com espanto, seus grandes olhos o observavam com admiração e estranhamento ao mesmo tempo - Mhfu... eu gostaria muito de poder dizer meu nome, Mhfu... mas eu não me lembro de nada que aconteceu antes de eu vir parar aqui... você... onde estamos? - Mhfu se sentou no pé daquela árvore e sugeriu que S. fizesse o mesmo - Você está em Necróboscus... senhor... - S. o olhou com uma cara triste - Sinto muito... não me lembro de meu nome... - A criaturinha o olhou por um tempo, S. notou que os pelos túrgidos da pequena criatura começaram a escurecer até ficarem negros - Está tudo bem, Mhfu? Mfhu? ei Mhfu! ei! - O silêncio tomou aquele vale cavernoso a estranha criatura, com a cabeça abaixada, sorriu, sua feição havia se tornado sanguinária e aterrorizante, S. se levantou espantado e começou a se afastar e Mhfu disse - Senhor Nolan... Nolan Seefeld... você... é.... MEU! - Nolan... então este é meu nome... Nolan Seefeld, tenho... tenho que me lembrar... - A visão de Nolan começou a escurecer e sua consciência começou a falhar, Nolan, por fim, caiu... e desmaiou... 
        Nolan sentia uma gota de água pingar em seu rosto, suas pálpebras se mexeram e ele abriu os olhos, sua cabeça doía muito... - Onde... onde estou? - Pensou ele; estava cercado por árvores, todas iguais, com fortes troncos amarronzados e com folhas de tom verde e lodo... - Ei! alguém? Mhfu! ei... espere... por que eu estou gritando por Mhfu? ele... ele não era quem parecia ser... e de alguma forma sabe meu nome... Nolan Seefeld... mas, como? - Nolan estava sentado na grama daquela floresta, em uma clareira com uma luz cinzenta de um céu nublado... - Espere... estou fora, estou fora da caverna! - Nolan se levantou cambaleando - Aquelas maçãs... provavelmente Mhfu as preparou especialmente para mim... DESGRAÇADO! Como eu pude acreditar naquela criatura abominável! Como eu fui ingênuo... - Nolan estava sentido seu rosto queimar de raiva, estava em um local desconhecido, e não sabia como e o que o levou ali, ele tinha cerca de um e setenta de altura e sessenta e oito quilos... como poderia uma criatura com cerca de oitenta centímetros, como Mhfu, poderia carrega-lo até um local como aquele... por um instante Nolan sentiu-se perdido... - Preciso... preciso escalar uma dessas árvores... talvez eu esteja perto de uma cidade, talvez eu estava apenas sonhando... sim... isso foi um sonho... - Nolan escalou em uma das grandes árvores daquela floresta, seus braços estavam se cansado quando ele conseguiu alcançar um dos fortes galhos daquela árvore, ele se sentou ofegante e olhou ao redor... a floresta era escura e cinzenta, as folhas das árvores não deixavam passar quase nada da luz do Sol... Após descansar, Nolan subiu mais alguns galhos e chegou a copa da árvore e para sua surpresa : Não havia nada, além de uma extensa floresta cheia de árvores iguais àquela - Não... não pode ser - Nolan começou a descer a árvore rapidamente, e enquanto descia pelos galhos viu um homem nú perto da clareira onde ele havia acordado, Nolan esbugalhou os olhos e com uma ponta de esperança gritou - Êi! preciso de ajuda! - O homem virou o rosto, e para a surpresa de Nolan... não era humano, seu rosto era uma enorme boca circular com dentes por todos os lados, como se fosse um verme, não possuía olhos e nem cabelo, apesar de não ter orelhas, havia pequenos buracos nos dois lados da cabeça... a criatura agitou-se a procura da origem do som, Nolan ofegou e agarrou-se a um galho e prendeu a respiração enquanto a macabra criatura o procurava...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Necróboscus

                                       

                                                 
                                                   Capítulo 5 

                               Uma esperança 


                                             Ele estava completamente perturbado com a presença daquele ser,a criatura exalava um odor de podridão e pelo que S. poderia presumir ele possuía a forma de um humanoide de aproximadamente dois metros de altura,durante todo esse período a criatura não teve nenhum tipo de reação,S. não respondeu a essa atitude e começou a correr em meio as trevas que cobriam toda aquela caverna ou seja lá o que fosse,e instantes depois S. ouviu um grito,um som estridente semelhante ao grito de uma mulher humana em desespero,porém extremamente agudo,S. olhou pra trás e já não enxergava mais os olhos da sombria criatura que o espreitava.


        S. continuava a fugir desesperado por onde a caverna o levasse,estava se sentindo perturbado por todos aquelas coisas estranhas que estavam acontecendo naquele local,enquanto corria ele sentiu os pés molhados e uma luz muito forte apareceu em sua frente em questão de segundos S. conseguia enxergar tudo ao seu redor,inclusive seu corpo,suas roupas eram negras e estavam rasgadas,viu uma marca em seu braço,não parecia um machucado mas algo moldado,mas não deu tempo de captar a forma quando após um estrondo a luz se apagou,S. se lembrou que havia algum ser luminoso naquela caverna mas dessa vez não parecia ser o mesmo,a luz apareceu muitos metros a frente e S. pode ver que era uma espécie de corredor na caverna a luz oscilava até ficar mais forte,S. começou a seguir aquela luz completamente delirante até ouvir perfeitamente uma voz ela dizia algo em outra língua,incompreensível e impronunciável e S. disse : - Ei! Quem é você,o que está acontecendo aqui?! por favor me responda! 


      A voz que ecoava naquele corredor cavernoso ficava cada vez mais forte,era uma voz feminina até que S. pode ver claramente a forma da fonte que emitia aquela luminosidade,era uma mulher; estava vestida de branco possuía cabelos e olhos completamente brancos como todo o resto de seu corpo,a medida que S. ia se aproximando a luz mudava de cor e ia ficando azulada : - Por favor me ajude,me diga o que está acontecendo aqui! - A poucos metros de S. a mulher por fim disse : 
-Você não pertence a esse local,criaturas obscuras vivem aqui,você não está em seu mundo,você não está em sua vida,fuja para o Nada,lá você encontrará a saída e as respostas - Então S. logo percebeu que ela não parecia hostil,não parecia.. e por fim disse - Por favor me ajude a sair desse lugar,eu não sei como vim parar aqui,eu não sei quem eu sou, minhas memórias... eu não consigo lembrar de nada.
-Você pode sair desse local mas deverá encontrar o guia,não sairá sozinho daqui.
-Onde posso encontra-lo ? 
-Ele está onde sua vida pode ser sustentada,onde a composição do seu corpo reina e onde os sons vagueiam livremente.
- O que? onde fica isso? Por favor me diga! - A luz aos poucos foi se apagando enquanto a mulher desaparecia,S gritava desesperadamente - Por favor,espere! Por favor - E então a luz se dissipou.


     Ele tentava compreender o significado daquelas palavras,sua cabeça ainda não havia parado de doer e sentia-se como se sua última esperança tivesse partido,estava novamente preso naquele pesadelo onde as sombras reinavam,S. então começou a andar,usando o toque para se mover novamente temendo o encontro com a criatura humanoide que havia o observado anteriormente, sabia que devia agora focar no enigma que a mulher ou seja lá o que for o havia dito - "Ele está onde sua vida pode ser sustentada,onde a composição do seu corpo reina e onde os sons vagueiam livremente." - S. estava muito cansado para conseguir pensar em soluções de enigmas agora,será que estava ficando louco? Ou havia realmente presenciado tais acontecimentos? Não havia certeza sobre isso,mas havia certeza que estava correndo riscos,estava com muita fome e não poderia encontrar nada naquela caverna que o pudesse alimentar,poderia morrer de fome,sentia o ataque dessas criaturas cada vez mais próximo e sentia como se estivesse enlouquecendo,as palavras daquele ser martelavam em sua cabeça cada vez mais,então pensou : "Onde sua vida pode ser sustentada e onde a composição do seu corpo reina"... - Meu corpo... sustento... composição... ÁGUA! - S. parecia ter matado a charada,mas já esteve em locais onde havia água e não havia encontrado nenhum "guia",porém esses locais eram completamente calmos e silencioso e em uma parte da charada diz respeito a um local "onde os sons vagueiam"... não deve ser tão fácil de perceber... S. já não aguentava mais aquele lugar,não aguentava mais a fome e a escuridão,S. vagou pela caverna em busca de sons e durante esse período nada aconteceu,nenhuma presença,nenhuma atividade,o único som que ouviu foi o roncar de seu estômago vazio.

    S. continuou caminhando entre a caverna e sentia como se as coisas ficassem mais calmas,sentia uma tranquilidade e enquanto andava parecia sentir uma leve brisa bater  em seu rosto,e na verdade era realmente o que ele sentia - Não pode ser... isso é... uma brisa...? - S. começou a andar mais rápido até que sentiu seus pés entrarem em contato com uma grama,estava úmida e ouvia um ruído de ar dentro da caverna,um sopro triste e solitário em meio aos sons cavernosos,S. podia sentir como se o vento o levasse continuou seguindo até que chegou em uma área imensa da caverna,e de algum modo seus olhos se adaptaram aquele lugar e ele conseguia enxergar um pouco,a grama,de um verde musgo que cobria todo aquele espaço parecia balançar pela brisa que ali corria e junto com as estranhas árvores que juntas formavam aquela paisagem,haviam pontinhos brilhantes nas árvores,S. não fazia ideia do que fosse,começou a andar,era um vale,um vale sem céu,sem nuvens,apenas uma noite eterna e fria com sua brisa úmida,S. logo então deu por si que esse deveria ser o local onde repousava "o guia",foi logo ao encontro de uma das árvores,haviam árvores de várias cores,tamanhos e formas e pareciam que os pontinhos luminescentes nada mais eram do que pequenas frutas,de várias cores e tamanhos,porém teve uma que o chamou a atenção,ela era maior do que as outras e estava no centro daquele vale,uma árvore de tronco azulado e folhas brilhantes,com frutas azuladas,S. teve a sensação de que aquilo era a coisa mais linda que ele havia visto,naquele momento ele se esqueceu de tudo que havia passado,era como se todo aquele pesadelo tivesse desaparecido por um instante,ele corria em direção a árvore quando ouviu um som - Worrrghhhh - S. sentiu os pelos de sua pele arrepiarem e caiu,quando olhou em direção ao som viu uma pequena criatura de olhos grandes e curioso o observando,possuía pequenas e atentas orelhas que se mexiam com os som,havia também pequenos braços e pernas em seu pequeno corpo peludo de cor azul,não devia ter mais que 80 cm,não parecia ameaçador...


  S. se levantou se perguntando o que era aquela criaturinha estranhamente engraçada,sentado na grama e o olhando com desconfiança S. disse - O que quer? - As orelhas da criaturinha se mexiam a cada palavra,e suas mãozinhas seguravam uma a outra,ele parecia assustado então ele se aproximou de S. e tentou toca-lo,S. não se mexeu até que a criaturinha o tocou,assustado ele tirou rapidamente a mãozinha da pele de S. e fez um gesto pedindo para que o seguisse,andou alguns metros e apontou para um lago de águas azuis brilhantes,S. estava com sede e foi correndo beber,e enquanto bebia podia enxergar sua imagem na água,estava completamente sujo e não aparentava haver mais do que seus 14 anos de idade,de súbito veio a imagem de uma garota em sua cabeça,caiu pra trás,confuso,imaginando quem era aquela garota e por que se lembrava dela,enquanto pensava a criaturinha veio em sua direção e o tocou,pegou em sua mão e puxou apontado para uma das árvores com as frutas luminescentes,S. então pensou que aquela criaturinha poderia ser "o guia",S. olhou para ele e disse - Você é o guia? - a criaturinha o olhou com seus grandes olhos e não respondeu,S. deu de ombros e continuou a seguir a pequena criaturinha até a pequena árvore,a criaturinha apontou para algumas frutas gesticulando para que S. a pegasse,estendendo as mãos pegou 4 frutinhas que logo em seguida se apagaram,nunca havia visto fruta com tal aparência,ela era de uma cor branca e tinha um formato oval,possuía um cheiro doce, a criaturinha apontou para que S. a desse uma fruta,S. então fez o que ele pedia,a criaturinha abocanhou a fruta com uma fúria assustadora e a engoliu em poucos segundos,ele começou a brilhar e seus pelos aos poucos foram ficando brancos,S. olhou espantado imaginando o que aconteceria caso comesse alguma dessas frutas. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Necróboscus

             

                                              Capítulo 4 
                
                              Estranhamento 


               
                  
                         
    Extremamente exausto S. acorda,sua cabeça doía a cada batida do seu coração,havia desmaiado por um tempo e se lembrou que havia sonhado,sonhou que corria em um local escuro e estranho com muitas árvores e todas aquelas árvores o olhavam,ele corria e não poderia se esconder pois onde ia olhos iam junto,enquanto corria ele caiu em um buraco,uma forte luz ascendeu de dentro daquela escuridão profunda e ele acordou.      
    s. se levantou,sabia que ainda deveria seguir o caminho em meio aquela escuridão incessável,lembrou-se que tinha ouvido passos antes de desmaiar e também se lembrou que de alguma forma aqueles passos se distanciavam e se aproximavam instantaneamente,arregalou os olhos em um súbito de loucura começou a correr,desesperado,tateando por todas as partes tentando encontrar uma saída,mas em meio a todo aquele desespero súbito ele viu algo : Dois grandes olhos,esferas achatadas como dois corpos celestes vagando na escuridão do espaço,S. parou,e olhou no fundo dos olhos da criatura que o espreitava,não havia reação estava completamente paralisado e não conseguia se mover,preso contra uma parede de pedras ele prendeu a respiração,conseguia ouvir o bufar da criatura,os olhos piscavam e começaram a se aproximar de S.,aos poucos aquela criatura que parecia minúscula  no escuro começou a mostrar seu verdadeiro tamanho ficando-se de pé,completamente ereto e aproximadamente trinta centímetros mais alto que S.,ele sabia que aquilo não era algo natural,não era algo daquele mundo... ou... talvez fosse? 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Necrósbocus

                                    
                                 Capítulo 3
                              Algo a espreita


Tonto e completamente perdido S. se recupera do susto mas não das feridas,seu pé ainda doía muito e ele precisava sair dali pois realmente havia algo naquele local que não era bom,alguma coisa estava a espreita e parecia feroz,muito feroz e pelo que S. havia analisado talvez fosse a fonte de luz que havia no teto daquela caverna.

S.se levantou desajeitado,e sua cabeça revirava em busca de uma resposta para a tal coisa,não parecia ser algo natural,nada que pertence a esse mundo; S. tomou mais um gole d'água antes de partir,agora que ele sabe do risco que corre e não vai querer ficar preso dentro daquela gruta escura com uma criatura ou algum tipo de ser feroz o espreitando,mas de qualquer forma ele parecia dar um sinal de sua presença,aquela luz era muito forte e com certeza a viria de longe caso a "coisa" estivesse por perto e talvez conseguisse escapar ; talvez, S. sabia que não era algo pequeno que se escondia em pequenas depressões na caverna.

S. achava aquela parte da caverna segura,havia água porém por outro lado não havia comida,já haviam se passado 8 horas desde que ele acordara,estava muito escuro e conseguia ouvir o barulho da água correndo ao seu redor,começou a tatear em busca de uma passagem e fico um tempo tentando encontrar algo e teve êxito,encontrou uma passagem que parecia levar para um local a cima de onde ele estava,não havia luz na passagem mas talvez ficasse mais perto da saída,começou a subir com cautela,ele começou a sentir um cheiro muito forte e se lembrou da criatura que parecia estar em cima,mas de qualquer forma aquele ser emitia luz e não seria possível não o ver em meio aquela escuridão,ele se tranquilizou um pouco e continuou a escalada,ouvia se barulhos de morcego por todos os lados,estavam agitados talvez já fosse noite,porém havia algo estranho com o som que aquelas criaturas faziam,não parecia quase nada com o som de um morcego comum o som era forte e alto,nada parecido com o som de baixa frequência emitido por morcegos comuns,S. então percebeu que havia algo errado com aquele lugar,estava estranho de mais. 

Ele chegou ao topo da passagem,cansado e quase exaurido devido a fome e se sentou ao lado da passagem,olhou para baixo sem ver nada,já estava cansado daquela escuridão,aquilo tudo o deixava completamente irritado e além do mais havia perguntas sem respostas em sua cabeça; - Quem sou eu? De onde eu vim ? Aonde estou? Por que estou aqui? ; E claro,não havia respostas,não fazia ideia de quem era e como foi parar ali,mas ele não era retardado,era muito inteligente por sinal e essa inteligência funcionava muito bem, pensava em como conseguiria luz,estava em trapos,sentia sua roupa rasgada e não conseguia vê-la,passou a mão pelo seu corpo em busca de algo e não encontrou nada que poderia ser útil,talvez existisse alguma fonte de luz naquele local,S. sentia o cheiro forte,um cheiro bem ruim por sinal,não era nada que ele conhecesse ou se lembrava,estava prestes a praguejar devido as circunstâncias quando ouviu sons  de passos na caverna,ele se levantou e gritou : 

- Ei! tem alguém aí? socorro! eu estou perdido - Os passos se apressaram e pareciam ficar mais próximos e no mesmo instante mais longes,pareciam estar perto e segundos depois quase inaudíveis,até que por fim parou,S. começou a chorar e a gritar : 

- Por favor! me ajude... eu já não aguento mais isso... estou cansado e com fome.... e.... - Ele desabou em um sono profundo,estava fraco e com fome e precisava sair dali o mais rápido possível... pois não havia uma energia boa naquele local...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Necróboscus




                                                          Capítulo 2 

                         Em busca de uma saída



Correndo contra o tempo mesmo sem ter noção dele,S. mancava pela caverna ferido e faminto,já haviam se passado algumas horas desde que ele havia acordado e ainda não havia encontrado água e muito menos alimento,seguia o som da água e sentia-se cada vez mais próximo dela,aquele som calmo e brando do líquido batendo entre as pedras que de certa forma o deixava um pouco mais calmo por alguns segundos mas quando se lembrava que não sabia onde estava e como foi parar ali o deixava aterrorizado novamente,enquanto S. andava ele machucava seus pés e pisava em algo grudento,provavelmente fezes de morcego,seguiu pela caverna cheio da curvas até que ouviu o som dá água do seu lado,ele levou a mão até o local em busca de uma passagem e não encontrou nada,no instante ele imaginou que havia feito o caminho errado;se sentiu preso e perdido em um labirinto e começou a se esforçar para continuar e correr mas não era muito eficaz já que mancava muito,S. fez uma curva e viu ao longe algo surpreendente,encontrou uma luz que passava por uma fresta na caverna

- Não acredito.... Não acredito!  - S. disse eufórico,ele havia sentido o chão molhado,a tão desejada e cristalina água parece haver corrido ali a milhões de anos e aberto uma passagem naquela caverna,S. correu até aquele local e viu atrás daquela fresta uma nascente que se estendia em um longo rio subterrâneo,ele se apertou contra a tênue passagem e foi ao encontro da água,olhou para cima e viu a luz do sol entrando por uma abertura no teto da caverna,morrendo de sede ele engolia a água ferozmente,estava esperançoso quando ouviu um barulho que vinha da mesma direção daquela luz no teto da caverna,ela desapareceu, o que parecia ser a luz do sol desapareceu em menos de um segundo e não se podia se ver mais nenhum sinal de luz na caverna,um som horrível ecoou em toda a caverna,S. sentiu seus pelos arrepiarem e logo em seguida cair no chão da caverna com os olhos arregalados, o som ficava cada vez mais forte e sentia-se a caverna inteira tremer,ele sentia a morte espreitando-o,imóvel e com a respiração presa ele escutava o estrondo vindo de todos os cantos até que da mesma maneira que ele surgiu,ele se dissipou. 

Necróboscus

                                                            

                                                                Capítulo 1 
                 A escuridão ascendente



            


Com uma grande dor na cabeça,ele acordou,o protagonista da nossa história havia acordado em um local escuro e frio,ele não sabia onde estava e muito menos se lembrava como tinha ido parar ali,ele se sentou ainda tonto e tateou sua testa e olhou para a mão mas não conseguiu ver nem sombra dela,afinal ele já estava em meio as sombras,mas conseguia sentir o cheiro de seu sangue quente em sua mão,ele havia batido a cabeça e não parecia se lembrar de nada,olhou para os lados franzindo o cenho a procura de alguma fonte de luz mas não havia nem um brilho em lugar algum que olhasse,levantou-se cambaleante e estava completamente em prol de seu tato para se virar naquele lugar estranho,as paredes eram de pedras nada simétricas,não parecia um calabouço ou algum tipo de sala artificial,era algo natural ele presumia ser uma caverna,uma caverna enorme por sinal,ele precisava sair dali o mais rápido possível pois uma hora ele iria sentir fome e sede,porém sede não seria o principal problema pois ele ouvia barulho de água caindo em algum local daquela caverna e com certeza seria de algum rio ou nascente que havia por ali,ele não se lembrava de nada e nem de seu nome,então vamos chama-lo de S.